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Desafios do profissional de Educação Física na era da Inteligência Artificial

. | postado em 22/05/2020

jJean Lucas Rosa - CREF 035477-G/MG

Especialista em Treinamento de Força e Musculação e em Marketing e Redes Sociais. Bacharelado em Educação Física. Sócio-fundador da Movimente Consultoria Esportiva. Trabalha com Ginástica Laboral e Consultoria Esportiva. Possui experiência na área de Ciências do Esporte, atuando principalmente nos seguintes temas: capoeira, jiu-jitsu, saúde do trabalhador e qualidade de vida. Atua também na área de Tecnologia da Informação e Comunicação.

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Vivemos na era da informação, mergulhados em um universo digital e quase totalmente dependente da inteligência artificial, do big data, do armazenamento em nuvem e tantas outras maravilhas tecnológicas.

Até alguns anos, os trabalhos acadêmicos eram digitados em computadores "lerdos" e armazenados em disquetes com capacidade de 1,44mb. Atualmente, qualquer smartphone simples tem capacidade de armazenamento milhares de vezes maior.

Produzimos aproximadamente 2,5 quintilhão de bytes de dados diariamente, que são oriundos de utilização de redes sociais, aplicativos móveis, internet das coisas, entre tantos outros meios.

Todas essas informações são, de alguma forma, capturadas e utilizadas por sistemas de inteligência artificial, que possuem sistemas robustos que armazenam e aprendem com tudo que produzimos, usando esses dados para entender melhor os comportamentos, gostos e emoções dos seres humanos.

Isso já é tão comum que nem percebemos. Como acham que a Netflix nos mostra os filmes que mais nos interessam ou que o Instagram exibe primeiramente aqueles posts relacionados aos assuntos de maior interesse? É a tecnologia tentando "melhorar" a nossa vida.

Nós, profissionais da saúde, responsáveis por promover a saúde, prevenir doenças e promover a melhora do desempenho através do exercício físico também somos influenciados e afetados por isso. Aliás, em um futuro talvez não tão distante, nenhuma profissão ficará de fora da dominação das máquinas.

Estamos rodeados de aplicações e dispositivos que vão desde um simples aplicativo que realiza a mediação entre profissional e aluno até sistemas mais robustos que monitoram todas as atividades diárias do indivíduo, interpretam os dados gerados e os retornam de maneira simples (muitas vezes em um relógio de pulso).

Não precisamos mais sonhar alto para saber que em um futuro breve, existirão máquinas que farão o diagnóstico e prescrição de treinamentos aos indivíduos sem que eles precisem sair de casa. Essas mesmas máquinas estarão ligadas à um banco de dados gigante, que reunirá informações de todo o globo terrestre e proporcionará as melhores estratégias de acordo com as experiências de bilhões de pessoas desconhecidas.

Recentemente, uma das máquinas mais robustas do Xadrez, o Stockfish 8 foi desafiada pelo AlphaZero, desenvolvida pelo Google. Em 100 partidas, o novato AlphaZero venceu 28 e empatou 72. Mas um detalhe chama a atenção: o Alphazero aprendeu a jogar xadrez em 4 horas (isso mesmo, 4 horas!) e venceu um computador que carregava milhares de horas de experiência no jogo.

Mas o grande questionamento é: como se adaptar à essa nova realidade, que se aproxima cada vez mais? Vamos simplesmente desistir e entregar o jogo, anunciando que as máquinas venceram? Ou tentaremos nos capacitar, explorando esse novo, oportuno e ilimitado universo digital?

O que aprenderemos com isso? Como utilizar todas essas maravilhas virtuais criadas pelo homem para trabalhar com promoção da saúde e com desempenho?

Precisamos começar a utilizar toda essa tecnologia a nosso favor. Precisamos dominar a máquina, utilizando toda essa capacidade de aprendizagem e adaptabilidade (em um tempo extremamente rápido) para melhorar nosso atendimento aos clientes/pacientes/alunos.

Sabemos que essa não é uma tarefa fácil e tampouco rápida. Esse processo ocorrerá em etapas e poderá levar bastante tempo. Mas precisamos nos apressar, pois a tecnologia evolui em uma velocidade assustadora. Hoje já é muito comum dizermos que aprender programação é tão importante quanto qualquer outra disciplina escolar do ensino básico.

Devemos aceitar que essa é a realidade. As previsões do futuro que pareciam não passar de criações para filmes de ficção científica se tornaram realidade e estão sendo melhoradas a cada dia. Iremos nos adaptar a tudo isso ou ficar para trás?

Sugestão de vídeo para entender um pouco mais sobre o assunto: https://www.youtube.com/watch?v=ccZ2pyr3YDw

 

Fontes:

ELER, G. Algoritmo do Google aprende a ser lenda do xadrez em só 4 horas. Revista Super Interessante, 2017. Disponível em:.

FÁVERO, L.P. Big Data e tomada de decisão: há limites para a Ciência de Dados? IT Forum 365, 2019. Disponível em: https://itforum365.com.br/colunas/big-data-e-tomada-de-decisao-ha-limites-para-a-ciencia-dos-dados/>.

MAKKAR, B.M. et al. Conversational Artificial Intelligence for Achieving Activity Targets through Routine Physical Activity—Longitudinal Observational Study among People with Type 2 Diabetes. Diabetes Journals, v. 67, Supplement 1, 2018.

Imagem: Pixabay. Bando de dados de imagens livres.

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