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Quer fugir de uma lesão muscular? Entenda 8 fatores de risco

. | postado em 09/11/2021

9 Novembro 2021  | Seção: Colunas & Artigos  |  Categoria: Artigos

Ortopedista e médico do esporte, Adriano Leonardi enumera situações que aumentam a chance de sobrecarga e ruptura das fibras musculares

Infelizmente, as lesões musculares são comuns nos esportes, sendo 90% delas relacionadas com distensões musculares. Nossos músculos são órgãos geradores de força capazes de produzir movimento articular. São 434 músculos ao total em nosso corpo, representando 40% do peso corporal; dentre estes, 75 pares de músculos estriados são envolvidos na postura geral e movimentação do corpo.

Quando o músculo é submetido a uma tração excessiva, ha sobrecarga das sua fibras e a sua ruptura ocorre no ponto mais fraco: perto da junção entre o músculo e o tendão, conhecida como junção miotendínea. São diversos os fatores que podem levar a uma lesão muscular. Saiba se você esta perto de sofrer uma e previna-se!

 

8 fatores para se ter atenção

1. Você completou mais de 40 primaveras

O envelhecimento leva a alterações na estrutura da fibra muscular, com perda de agua e redução da elasticidade, cuja consequência é uma incidência das lesões musculares mais alta nos "quarentões?.

 

2. Futebolzinho uma única vez por semana

A prática regular de qualquer modalidade esportiva condiciona melhor o individuo, no sentido de fortalecer, alongar e melhorar a agilidade neutro-motora. Para atletas profissionais, o treino funcional e de resistência é hoje considerado imperativo na preparação física e prevenção de lesões. Por este motivo, estatisticamente, aquele futebolzinho às quintas-feiras ou de fim de semana com os amigos traz alto risco de lesão muscular.

 

3. Consulta pré-participativa com um médico do esporte

Em uma consulta pré-participativa em esportes, além da avaliação dos riscos cardiovasculares, outra grande função do médico do esporte está na prevenção de lesões. Além de avaliar o funcionamento dos grupos musculares e de aplicar testes funcionais para determinar a agilidade neuromotora para o exporte que a pessoa quer praticar, sempre solicito o teste isocinético, cujo resultado traz a força, potência e resistência musculares e o equilíbrio entre os grupos musculares. O desequilíbrio muscular, principalmente no membro dominante, é hoje considerado um dos principais fatores ligados à lesão muscular.

 

4. Treinamento sem a orientação de um treinador

Treinar sozinho, sem o planejamento seguro de volume e intensidades, leva a erros da execução do movimento. Em uma mudança brusca de direção ou em um sprint, por exemplo, existe grande chance da lesão ocorrer.

Indivíduos que treinam por conta própria também tendem a negligenciar o aquecimento prévio e consideram que duas a três posições de alongamento são suficientes para a prevenção de lesões.

 

5. O erro de tratar aquela "fisgadinha? com o uso de anti-inflamatórios

As lesões musculares são consideradas de difícil do tratamento e não existe protocolo para retorno ao esporte. Suas altas taxas de recidiva levam muitos atletas, inclusive os mais famosos, ao afastamento por muitas semanas ou meses. Em outras palavras: se você já teve a lesão, a sua chance de uma nova lesão no mesmo local é muito grande.

Como a cicatrização da lesão ocorre por fibrose e a maturação e o restabelecimento do grau de flexibilidade pré-lesão são muito individuais, todo cuidado no tratamento da lesão muscular é pouco.

O uso dos anti-inflamatórios na fase aguda da lesão (primeiros cinco dias) é CONTRAINDICADO segundo os protocolos atuais de tratamento precoce da lesão, pois estariam ligados a uma cicatriz com mais fibrose e menos músculo.

 

6. Dieta por conta própria

Toda dieta deve ser individualizada e adequada ao esporte que você pratica. Ao passo em que você avança no ganho de condicionamento físico e rendimento, ela deve ir sendo modificada. Dietas inadequadas podem levar a carências de micro e macronutrientes com consequentes perda de massa muscular (sarcopenia). Isso, quando associado a uma hidratação inadequada, tanto pré-participativa, quando durante o treino, pode levar a lesão muscular.

 

7. Uso de determinadas medicações

Apesar de controverso, alguns remédios de uso diário poderiam predispor a lesão muscular. A classe denominada estatinas, utilizada no controle do colesterol, tem sido apontada por alguns autores como a principal droga ligado ao enfraquecimento e ruptura muscular. Por este motivo, seu uso deve ser monitorado em atletas e esportistas, mas não deve nunca ser descontinuado sem a orientação de um cardiologista.

 

8. Sono irregular

Falta de sono gera estresse e vice-versa. O estresse está baseado, entre outras coisas, na ativação do sistema hormonal hipófise-hipotálamo (com a secreção do hormônio adrenocorticotrófico), que ativa a glândula suprarrenal, desencadeando uma secreção de hormônios glicocorticoides, como cortisol (formado a partir do ACTH). O cortisol aumenta a quebra de proteínas nos músculos, ossos e nos tecidos linfáticos, além de inibir a síntese proteica. Músculos mais fracos, em tese, teriam maior predisposição à ruptura.

 

Fonte: Eu Atleta | https://www.fitestrong.com.br/secaodesktop/colunas-e-artigos/1667/quer-fugir-de-uma-lesao-muscular-entenda-8-fatores-de-risco

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