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Picos de insulina NÃO elevam a síntese proteica

Fala Mestre | postado em 10/01/2017

CÃ?SAR AUGUSTO BERTELI NEHEMY

CÉSAR AUGUSTO BERTELI NEHEMY

Curriculum

Graduado em Farmácia Bioquímica e Educação Física

Pós Graduado em Farmacologia e Nutrição Esportiva

Diretor Geral e Farmacêutico Responsável da Empresa Life Farmácia de Manipulação

Picos de insulina NÃO elevam a síntese proteica

Você ainda é daqueles que não tira o carboidrato de alto índice glicêmico do seu pós-treino, pois o acha necessário para dar picos de insulina ao seu organismo? Então saiba que esses picos não melhoram a síntese proteica.

A ação da insulina possui inúmeras peculiaridades. Sendo um hormônio altamente anabólico e interligado com processos de síntese, esse é provavelmente o hormônio mais intimamente ligado com os processos de construção, seja de compostos ou mesmo de tecidos.

A insulina age, a grosso modo, em tecidos os quais possuem receptor para ela. Normalmente, os receptores GLUT-4, presentes no tecido muscular, assim como no fígado, por exemplo. E é isso que faz com que essas sejam as principais células-alvo desse hormônio. A insulina liga-se a esses receptores ativando algumas cascatas de reações internas as quais promoverão efeitos desde a captação da glicose, por exemplo, até o aumento da síntese proteica. Desta forma, a insulina não carrega glicose para a célula, como se costuma dizer, mas sim permite que a membrana possa captar glicose através de determinados sinais.

Percebe-se diante de inúmeros estudos que em nada os picos de insulina contribuem para o aumento da síntese proteica ou se quer para a síntese de glicogênio. Esse hormônio é tão eficaz que parece ter uma ação fisiológica suficientemente eficaz mesmo em pequenas ou mínimas quantidades. E não é por acaso que cada vez mais os carboidratos vêm sendo retirados da dieta de maneira parcial, ou pelo menos em grandes proporções. Hoje, basicamente não se fala mais em dar picos de insulina para promover tais efeitos, tanto porque não se ingere um carboidrato de maneira isolada, isso é, ele quase sempre será adicionado a uma fonte proteica ou mesmo lipídica dentro de uma refeição, fazendo com que o pico de insulina que ele teoricamente daria, de fato ocorra em proporções bem menores, isso é, caso ocorra.

Apesar do pico de carboidratos e pico de insulina promover alguns processos de síntese, esses estão ligados a diversos tecidos, como o panículo adiposo, favorecendo o acúmulo de gordura corpórea. Além disso, apesar de atingir o tecido muscular, esse possui em primeiro lugar limites em momentos (ou seja, certa produção em certo espaço de tempo) para a síntese proteica. É como se imaginássemos comer proteínas em quantidades exorbitantes para obter maior síntese proteica, quando na verdade isso não ocorrerá, visto o máximo que o corpo consiga fazer nesse aspecto. Obviamente, assim como devemos comer proteínas O SUFICIENTE para estimular a síntese proteica, devemos também estimular a insulina o suficiente para que ela exerça sua função adequadamente. Quaisquer outros excessos certamente não serão convenientes.

Conclusão

Em nada adiantarão os picos de insulina frente a quaisquer processos anabólicos que nos convém. Os picos de insulina, muitas vezes, estão mais associados com o aumento da adiposidade do que com a síntese proteica ou mesmo de glicogênio, mostrando que para esses, pequenas quantidades e pouca secreção desse importante hormônio já são muito mais do que suficientes.

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